Brasil cumpre obrigação em estreia na Copa do Mundo com intensidade e qualidade

Foi tranquila a estreia do Brasil na Copa do Mundo Feminina, nesta segunda-feira, na Austrália. O time encarou uma das estreantes no Mundial, o Panamá, e não tinha como ser diferente: a obrigação era vencer. Mas diferente de algumas obrigações feitas, muitas vezes sem vontade, não foi o caso da seleção comandada por Pia Sundhage. O Brasil respeitou o jogo, jogou com intensidade, demonstrou qualidade muitas vezes com a bola e não deu chance nenhuma ao azar, vencendo por 4 a 0 e com boa atuação.

Um dos destaques foi, sem dúvidas, a meia Ary Borges. Não só pelos três gols, que a faz entrar num seleto grupo de jogadoras brasileira que marcaram três vezes em um jogo em Copa do Mundo, formado por Pretinha, Cristiane e uma das maiores de todos os tempos, Sissi. Ary sintetizou bem o que foi o time na estreia. Uma equipe móvel, com muitas trocas de passe e de posição e intensa.

Ary foi uma meia que pisou na área bastante pelo lado direito, chegando para definir e fez isso muito bem. Marcou três vezes e deu uma assistência para o gol mais bonito do jogo, marcado por Bia Zaneratto, após uma linda jogada que ainda contou com Debinha e Tamires.

Brasil passa fácil pelo Panamá e assume liderança do grupo na Copa do Mundo Feminina
Foto: Getty Images

A única dúvida que Pia tinha para escalar o time foi sanada próximo ao início do jogo. A técnica preferiu formar um ataque com Debinha, a mais talentosa jogadora deste time, e Bia Zaneratto. Geyse começou no banco, mas acabou entrando depois. A escolha por Bia, para mim, foi acertada. A jogadora do Palmeiras tem muita força física e pelo físico até parece ser uma jogadora apenas para segurar zagueiras e dá profundidade ao time.

Ela pode fazer isso, mas apesar do tamanho, é uma atleta móvel, que alterna entre profundidade e amplitude. Às vezes aparece na referência, mas muitas vezes sai da área, aparece no lado ou cria mais por dentro, mais por trás. Não sei se Pia pretende pensar jogo a jogo essa escolha, mas eu sigo achando que Bia é uma melhor opção. Até para Geyse ser uma boa ideia para o decorrer das partidas.

Ditas as coisas boas, vale lembrar que tudo não passou de uma obrigação cumprida. O Panamá deve ser o adversário mais fácil que o Brasil vai encontrar no torneio. Não conseguia sair da marcação forte do time brasileiro na sua saída de bola e errava bastante. Pouco ofendeu. Então não foi um grande desafio.

Mas o Brasil foi bem. Não se acomodou no jogo, foi respeitoso e bastante intenso para um jogo que claramente seria fácil. Poderia ter sido diferente, mais preguiçoso, e não foi. Estreia boa para o time, que ainda contou com as boas atuações de Tamires, muito acionada no lado esquerdo, do meio-campo, que soube se impor, com boas performances de Luana e Ary. Agora vem a França. O sistema defensivo vai precisar estrear realmente. E a equipe vai precisar manter a intensidade e força ofensiva para poder sair com um bom resultado.

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Fonte: Jornal da Paraíba

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