Botafogo-PB x Náutico: às vezes, nada faz sentido

Foi uma noite de imponderáveis em João Pessoa nesta segunda-feira (19). E essa foi a prova de que nem sempre o imponderável é sinal de arrebatamento, de impacto, de assombro diante do inesperado.

Às vezes, o imponderável é só um amontoado de situações sem sentido e de difícil entendimento.

Pois foi esse o resumo do jogo entre Botafogo-PB e Náutico, pela nona rodada da Série C do Campeonato Brasileiro.

Uma partida que tinha tudo para impactar o torcer, a própria definição de futebol bem jogado, disputado até o último momento, num confronto direto que interessava a ambos para permanecer mais na parte de cima da tabela de classificação.

Não foi nada disso. A não ser pelo detalhe óbvio de que terminou empatado em 1 a 1 e com um ponto para cada lado.

Sobre o jogo?

Difícil de entender.

Difícil de explicar para um leigo que eventualmente perguntasse sobre as dinâmicas do futebol.

Primeiro porque o Belo foi superior em campo. E isso em quase toda a partida.

Mas, ao invés disso, quem abriu o placar ainda no primeiro tempo e quem foi para o intervalo em vantagem foi o Timbu. Um gol em lance de bola parada, a partir de um escanteio batido do lado direito, que foi direto na cabeça de Jael e de lá para o fundo das redes.

Depois porque, vencido o primeiro tempo, era de se esperar ao menos que o Náutico crescesse no jogo, se impusesse mais.

Não foi nada disso. O Náutico, parecia, não queria era perder. E assim se portou mesmo enquanto vencia.

O segundo tempo foi um massacre do Belo.

Ou quase. Um quase imenso, destacado em negrito, que obrigaria muitas aspas à expressão massacre.

Faltou o detalhe óbvio. Gols suficientes que garantissem a virada do time paraibano em cima do adversário pernambucano.

Aliás, mesmo depois de ter criado um monte de chances, de ter tido bem mais volume de jogo na etapa final, a única bola do Botafogo-PB que entrou foi por causa de uma falha do goleiro do Náutico em chute de Bismark.

E o impondarével em torno do Belo nem mesmo se encerra no jogo em si.

Tem mais. E cerca o próprio futuro do clube na sequência da competição.

Isso porque os novos reforços dão uma renovada nas esperanças botafoguenses, torcedores esses que inclusive aderiram em bom número no jogo dessa segunda-feira (19). Com um pouco mais de ritmo e de entrosamento, pode ser que o time engrene.

O problema é que, enquanto isso não acontece, já são quatro jogos sem vencer e uma ameaça crescente de sair do chamado G8, a zona de classificação para a fase decisiva da terceira divisão.

Enfim, no melhor estilo nada faz sentido, apela-se para aquele ditado confuso que pouco acrescenta de informação para o leitor.

Nesta Série C, tudo pode acontecer. Inclusive nada.

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Fonte: Jornal da Paraíba

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