No curta-metragem “Habeas Pinho”, o ator e músico Juzé dá vida a Paulo, um seresteiro cuja trajetória se entrelaça com a obra poética de Ronaldo Cunha Lima. Paulo tem seu violão apreendido, mas o instrumento é liberado graças ao histórico poema-petição de mesmo nome escrito por Ronaldo. Essa história, que mistura poesia e a luta pela liberdade de expressão, é mais que um simples relato: é uma celebração da cultura nordestina e da resistência artística.
O artista, que já emocionou com suas composições e atuações, como nas novelas “Rancho Fundo” e “Mar do Sertão”, traz para o filme a autenticidade e o amor pela arte que o acompanham desde os 15 anos.
Juzé disse em entrevista que se identificou com a vida do protagonista e que aceitou o convite, que partiu da filha de Ronaldo e produtora executiva, de primeira. “Eu me senti muito emocionado e lisonjeado com o convite de Gal Cunha Lima. A história de Paulo se confunde muito com a minha própria história, de tocar na rua, fazer serestas, levar reclamação da polícia, até pedrada de vizinho. Isso mexeu comigo de primeira, já conhecia a história e sabia da beleza de “Habeas Pinho”, aceitei o papel sem pensar duas vezes”, relatou.
Ele também falou sobre sua ligação com Lucas Veloso, que interpreta Ronaldo na obra. “Conheço Lucas há 10 anos e temos uma grande amizade, isso “deu liga” na colaboração das cenas que fizemos juntos. A vida foi nossa preparação, e estar em cena com ele foi uma honra. Ele é muito talentoso, e foi uma alegria contracenar com alguém que admiro”, declarou.
Juzé afirmou que o público pode esperar muita emoção do novo curta. “As pessoas podem esperar uma história comovente e cheia de emoção. O tempo inteiro no set as pessoas estavam emocionadas, se arrepiando, chorando, porque é uma história muito forte e bonita”, contou.
“É uma história comovente, sobre injustiça, de poesia, de amor, uma história popular e nunca vista antes. Entre os momentos mais emocionantes vi um pouco da cena na qual Lucas/Ronaldo cria o Habeas Pinho e é uma coisa absolutamente bonita de todos os ângulos. Falando de mim, tive muitas cenas fortes, da prisão, a cena em que Paulo é expulso da delegacia ou quando é preso em frente à casa de Dafne (Mayana Neiva). São cenas que causam indignação nas pessoas e isso pode mexer com o inconsciente de quem vai assistir. Esse filme realmente vai encontrar um lugar no coração das pessoas”, concluiu o artista.
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Fonte: WSCOM