A 6ª edição do FESTISSAURO – Festival do Audiovisual do Vale dos Dinossauros, importante evento de cinema do sertão paraibano, que acontece no período de 12 a 17 de agosto de 2024, em Sousa-PB, vai homenagear o ator paraibano Buda Lira.
Ronald Lira de Souza, ou simplesmente Buda Lira – como é conhecido, nasceu em 12 de outubro de 1955 no município de Uiraúna, sertão paraibano, é ator e gestor de cultura paraibano, formado em Licenciatura em Educação Artística (UFPB), com especialização em Arte Educação. Ao longo dos anos participou de diversos cursos de teatro e dança, coordenados por Luiz Carlos Vasconcelos, Fauzi Arap, entre outros.
Começou a ter experiências com o teatro ainda na infância. Em 1971, aos 16 anos, Buda estreou no teatro participando da montagem do espetáculo Paixão de Cristo na cidade de Cajazeiras. Depois participou de mais dois espetáculos. Aqui em João Pessoa deu continuidade e realizou diversos trabalhos com o teatro, além de atuar como produtor e gestor cultural.
Ele vem de uma família de artistas, do núcleo da arte, roteiro, cinema, irmão cineasta Bertrand Lira, o ator Nanego Livra, a atriz Soia Lira, Paulinha,e Salvinho, uma trupe que às vezes atua em conjunto ou cada um na sua. São os filhos do Major Chiquinho, seresteiro de “um humor desconcertante” e Dona Maria Lira, que favoreceu em tudo para que os filhos fossem além do roteiro, das rotas, sinopses e muito mais.
Nos palcos do teatro, fez parte do elenco de “Cartaz de Cinema” (1979 – Direção Antônio Cadengue), Br 230 (1977 – direção Fernando Teixeira), Donzela Joana (1978 – direção Fernando Teixeira), Lampiaço, o Rei do Cangaço (1979 – direção José Bezerra Filho), Papa-Rabo (1982/83 – direção Fernando Teixeira), Fêmeas (1989 – direção Moncho Rodriguez), O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (1992 – direção Eleonora Montenegro), Gaivota, alguns rascunhos(2006 – direção Haroldo Rego), Retábulo (2010 – Direção Luiz Carlos Vasconcelos), A Pá – (2013 – direção Haroldo Rêgo), dentre outros. Participou das séries “Onde Nascem os Fortes”, “ Aruanas” e “Caminho de Volta” e de uma cena da novela “Amor de mãe”.
Só a partir dos anos 2000 entrou no mundo do cinema. Participou dos filmes Grande Kilapy (2014 – Direção Zezé Gamboa – produção angolana/portuguesa e brasileira), Entre Irmãs (2017 – direção de Breno da Silveira – filme e micro série), Vestido Branco, Véu e Grinaldo (direção Marcelo Gomes – inédito), Sol Alegria (2018 – direção Tavinho Teixeira), O Pastor e o Guerrilheiro (inédito – direção José Eduardo Belmonte), Aquarius (2016 – direção Kleber Mendonça) – que representou o Brasil no Festival de Cinema de Cannes, Bacurau (2018 – Direção Kleber Mendonça e Juliano Dornelles), e recentemente “Mais Pesado é o Céu” (2023 – Direção de Petrus Cariry), entre outros.
Como ator ganhou os prêmios de Melhor ator no 40 Cine Guarnicê (Festival de Cinema de São Luiz com o longa “Lamparina da Aurora – direção de Frederico Machado- 2017). Ganhou alguns festivais (13 Fest Aruanda ; 5o Festival de Cinema de Caruaru; Curta Caicó) de curta metragem com o Rasga Mortalha (direção de Patrícia de Aquino).
Como gestor cultural, presidiu a Federação Paraibana de Teatro e a Associação do Folia de Rua de João Pessoa. Foi vice-presidente da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (FUNESC). É fundador e coordenador do Bloco Cafuçu. Coordenou, também, o Núcleo de Teatro Universitário, vinculado ao Teatro Lima Penante e participou da fundação da antiga Escola Piollin – atual Centro de Cultura Piollin – onde atuou por mais de 10 anos como coordenador de planejamento.
Além da homenagem ao ator paraibano, o festival de cinema exibe de 54 filmes entre curta e longas e curtas metragem nacionais e paraibanos. As exibições das peliculas vão acontecer de forma itinerante em alguns bairros da cidade dos dinossauros e no Cinema Municipal do Centro Cultural Professora Dodora. A programação do evento, que será divulgada em breve, também conta com shows musicais, debates, mesa redondas e oficinas de formação
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Fonte: WSCOM