Na noite da última sexta-feira ocorreu a posse da escritora Ieda Maria de Oliveira Lima como nova integrante da Academia de Letras de Campina Grande (ALCG), sucedendo à professora Josefa Dorziat Quirino Barbosa.
No discurso de acolhida à nova ´imortal´, o professor José Mário da Silva Branco destacou os “dotes intelectuais sobrantes e inegáveis talentos” da nova acadêmica.
“Uma apreciadora da palavra, que é uma ponte insubstituível que a conduz ao outro; (tem) um olhar sobre o plural cotidiano”, acrescentou.
No seu discurso de posse, Ieda recordou que a aproximação com a ALCG ocorreu quando ela assistiu uma ´sessão de saudade´ da entidade e observou a “presença reduzida” da mulher na Academia.
Ela decidiu disputar uma cadeira, com o estímulo do presidente Thélio Farias.
“Escrever é dialogar com os vivos”, utilizando “o legado que os mortos nos deixaram”, assinalou Ieda, que realçou a passagem da acadêmica Dorziat, “verdadeira guardiã da língua portuguesa”.
Dorziat, recordou a nova acadêmica, foi a “primeira normalista da Paraíba”, tendo ensinado em escolas como Solon de Lucena, Estadual da Prata, Alfredo Dantas e Normal (estadual).
Foi igualmente destacado que a professora Dorziat, que retardou sua carreira acadêmica por conta das responsabilidades inerentes à maternidade, foi aprovada como professora do curso de Letras, em concurso, 30 dias após a sua formatura.
Ela faleceu aos 94 anos (residia no final da vida em João Pessoa), com uma vida marcada “pela paixão pelo ensino”, na expressão de Ieda.
Ao se reportar ao patrono da cadeira (34) que passa a ocupar, teatrólogo Paulo Pontes, Ieda realçou que ele “reinventou o teatro” brasileiro, “que se debatia em crise de linguagem”.
*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.
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Fonte: Paraíba Online