O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) em parceria com a Central Única de Favelas (CUFA), da Paraíba, está realizando a Oficina ‘Jovens Repórteres’, que utilizarão como campo de atuação os diversos serviços de saúde para buscar informações e difundir nas comunidades, principalmente sobre a importância da vacinação para resgatar os altos índices de coberturas vacinais e colaborar com a prevenção da população. As oficinas tiveram início no sábado (11) e acontecem até esta terça-feira (14), na Associação Quilombola, no bairro Paratibe.
Para esta oficina foram 30 jovens previamente selecionados, representantes de nove favelas de João Pessoa que serão capacitados com conteúdo técnico e teórico, sobre produção audiovisual, desinformação e comunicação com olhar voltado tudo que envolve a saúde pública, com foco na vacinação. A partir desse curso, os ‘Jovens Repórteres’ serão semeadores de informação e poderão produzir vídeos e áudios, dentro da própria comunidade.
A participante do projeto Jennifer Regina, de 17 anos, da comunidade Matinhas, localizada no bairro Jaguaribe, está empolgada com o projeto e sobre como ela poderá ajudar e agregar valor às informações que serão produzidas por ela. “É um projeto interessante e tem muito valor agregado. Não é só a bolsa e uma capacitação, tem muito mais poder dentro desse projeto. Somos jovens, dentro de comunidades com voz ativa, com participação e de fato com desejo de mudança e de melhorias, principalmente se podemos levar informações sobre saúde para quem precisa e desconhece”, disse a ‘Jovem Repórter’.
Apresentação da rede – Nesta terça-feira (14), a Diretoria de Atenção à Saúde e Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) estiveram na oficina e apresentaram aos participantes do Projeto Jovens Repórteres como é o funcionamento e a logística da Central de Imunobiológicos da Prefeitura de João Pessoa – Rede de Frio e, como são realizados os trabalhos, ações e campanhas relacionadas à Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica na Capital, com os calendários programados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) e demais propostas preventivas realizadas junto a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e ao Ministério da Saúde, promovendo saúde, prevenção e informação à população.
“Na oportunidade apresentei aos jovens e demais participantes do projeto, como funciona a assistência preventiva realizada pela Prefeitura de João Pessoa por meio da vacinação. Como é a dinâmica de abastecimento e a logística até que os imunizantes cheguem aos serviços de saúde e principalmente, cheguem até os usuários, a qual junto aos profissionais de saúde promovemos ações contínuas e fazemos busca ativa para que todos estejam com o cartão de vacina atualizados”, destacou Raquel Morais, Diretora de Vigilância em Saúde da Prefeitura.
“Foi um momento produtivo e oportuno, porque esses Jovens Repórteres podem ter a visão e concepção de usuário mais também de como funciona a gestão em saúde pública e toda a assistência envolvida. Como Atenção Básica, estaremos de mãos dadas para alavancar essa cobertura vacinal e passando toda informação necessária para auxiliá-los com a produção de conteúdo. Estaremos de mãos dadas trabalhando em prol da comunidade e de grandes resultados”, disse Alline Grisi, Diretora de Atenção à Saúde de João Pessoa.
Meta ultrapassada – Em 2022, os profissionais de saúde de João Pessoa participaram de uma capacitação pela reconquista das altas coberturas vacinais, ministrada pelo Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz que foi incentivador e mobilizador para os resultados na última Campanha de Vacinação contra Poliomielite. João Pessoa foi a primeira e única capital do Brasil a alcançar e ultrapassar a meta de prevenção determinada pelo Ministério da Saúde (MS), de cobertura vacinal com 95,7% de crianças imunizadas.
Jovens Repórteres – Os jovens selecionados, com idades entre 15 e 29 anos, participaram de processo seletivo no qual tiveram de enviar um vídeo de 2 minutos explicando seu interesse em fazer parte da iniciativa, encaminhar um áudio abordando a importância da vacinação, assim como uma foto do território onde vivem. A partir disso, todo o material foi analisado pela comissão de seleção constituída por integrantes indicados pela CUFA e pelo PRCV, até chegarmos aos 30 indicados.
Cada jovem receberá um aparelho celular para gravação, edição e envio do conteúdo a ser produzido durante os dias de oficina. Também está prevista o pagamento de uma ajuda de custo mensal, entre os meses de fevereiro e julho de 2023, para: transporte, alimentação, internet e cobertura de outras despesas.
Findada as atividades presenciais, a equipe do Canal Saúde continuará acompanhando a equipe de jovens, de forma remota, de acordo com as demandas identificadas no processo de formação.
Os vídeos serão veiculados em listas de transmissão para moradores e lideranças das comunidades. Além disso, estarão disponíveis na Plataforma Interativa de Jovens Repórteres, que faz parte do portal #VacinarParaNãoVoltar”, em construção.
Projeto – Desde setembro 2021, o PRCV vem atuando nos estados do Amapá e da Paraíba, tendo contribuído para que estes estados fossem os primeiros da federação a alcançar a meta de 95% de crianças vacinadas na Campanha Nacional contra a Poliomielite. O grande diferencial do PRCV é a construção de um Pacto Social pela Vacinação, tendo como protagonistas os estados e municípios, e contando com a mobilização de Redes locais de apoio compostas pelo poder público, Universidades, movimentos sociais e organizações representantes da sociedade civil.
Para mais informações sobre o Projeto de Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV), acesse o https://prcv.org.br/ .
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Fonte: WSCOM