Foi com muita música paraibana e alagoana, teatro cearense e arte urbana pernambucana que o Cena Nordeste Festival foi aberto nessa sexta-feira (10), em João Pessoa, com a presença de um excelente público que ocupou diversos equipamentos do Espaço Cultural José Lins do Rêgo. Com destaque para o show de Seu Pereira e 401, que fechou a noite diante de um Teatro de Arena lotado.
O evento, que neste final de semana tem a parceria do Consórcio Nordeste com o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-PB), reúne artistas de todos os nove estados da região e a proposta é que seja um intercâmbio artístico-cultural que circule ao longo do ano por todas as capitais nordestinas.
Por volta das quatro da tarde, por exemplo, foram abertas as feirinhas de artesanato e de gastronomia, ressaltando as diversas expressões do Nordeste. Em meio a tudo isso, um trio de forró-pé-serra já dava as boas-vindas ao público que chegava ao local das festas e apresentações.
Mais tarde, a partir das 18h30, era dado início ao espetáculo de teatro “Aquelas: uma dieta para caber no mundo”, do Ceará. Com uma proposta de peça interativa, que colocava o público dentro do espetáculo, os atores e as atrizes empolgaram os presentes. Já por volta das 19h30, deu-se início à programação musical, com o forró de Os Anselmos e do alagoano Fidellis e com a música de Seu Pereira e Coletivo 401. Um painel de grafite do grupo pernambucano Osmo Crew também começou a ser produzido.
Durante uma rápida abertura oficial de evento, o secretário de Estado da Cultura da Paraíba, Pedro Santos, lembrou que esse era o primeiro de muitos encontros ao longo do ano, numa primeira edição de um Cena Nordeste que, segundo ele, veio para ficar. “É uma noite simbólica para todos nós. É o pontapé inicial de um grande projeto”, previu Pedro.
Ele destacou o papel da Câmara da Cultura do Consórcio Nordeste, que é coordenada pela Paraíba neste atual momento, no processo de construção do festival, e citou nominalmente todos os gestores estaduais de cultura da região, por terem se empenhado num projeto tão ousado. “São pessoas que compraram a ideia e colocaram suas equipes em campo para fazer o evento acontecer. Essa é a primeira edição e espero que tenha vida longa”, completou.
Anselmo Castilho, que é subsecretário de Programas do Consórcio Nordeste, falou em nome da entidade regional e destacou o importante papel político que essa desempenha no país. “O Consórcio Nordeste nasceu para fortalecer a região, para combater políticas muito ruins que estavam postas em 2019. E o Cena Nordeste vem para mobilizar a região através da arte. Para enfrentar uma política que estava instalada no país de negação da cultura e de outros temas”.
Já Bia Cagliani, que é presidenta da Fundação Espaço Cultural (Funesc), destacou a função política que aquele local desempenhava para a disseminação e para a circulação de diversas formas de cultura. “O Espaço Cultural é de vocês. Ocupem-no. Estamos aqui para contribuir com a cena cultural da melhor forma possível”, falou.
Depois, ela destacou a potência que representava um festival que vai promover nove encontros, sempre com artistas de todos os estados da região. “O Nordeste é ao mesmo tempo muito igual e muito diverso. E é por meio da cultura que podemos demonstrar isso”.
O Cena Nordeste Festival continua em João Pessoa neste sábado (11) com muito mais atrações à vista. Vai ter a sequência do painel que está sendo produzido pelo grupo Osmo Crew e já pela manhã tem a apresentação de cultura popular do grupo maranhense Cacuriá de Dona Teté.
À tarde, a partir das 14h, tem mostra de audiovisual no Cine Bangüê com a exibição de quatro curtas do Piauí, além de apresentação circense do Circo Grock, do Rio Grande do Norte. À noite, tem o espetáculo de dança “Deste Nór”, de Sergipe, e o show da banda Roça Sound, da Bahia, fechando o evento.
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Fonte: WSCOM