Eu não sei se foi o horário do jogo, eu não sei se foi a chuva que caiu de forma esparsada – e forte – ao longo de todo o dia em João Pessoa e que continuou caindo na hora da partida, eu não sei se é porque a Série C de 2024 ainda está em seus primeiros passos, eu não sei nem mesmo se tem a ver com o fato de o torcedor ainda estar meio incomodado com o desfecho do Campeonato Paraibano deste ano.
Enfim, eu não sei bem explicar o que aconteceu, mas o fato é que o jogo desse domingo (28) entre Botafogo-PB e Caxias não tinha muito clima de Série C.
Uma noite chuvosa e lúgubre, gélida (ao menos para os padrões paraibanos, claro) e desinteressante, meio desanimada, meio lenta, meio sem sentido.
Acho que se o torcedor fechasse os olhos, e fizesse certo esforço de imaginação, conseguiria talvez se convencer de que não houve futebol, não fosse o detalhe inescapável de que a tabela de classificação aponta a realização do duelo entre as duas equipes.
Aliás, nem mesmo o placar eletrônico do estádio estava ligado. Claro, mero detalhe, totalmente sem importância, mas que apenas contribuía com a impressão de que não parecia dia de jogo.
Uma noite com pouquíssimas emoções, pois, que terminou empatada em 1 a 1 por mero capricho dos deuses do futebol, porque o placar mais justo seria mesmo um modorrento 0 a 0 daqueles em que o torcedor se sente no direito de pedir o dinheiro de volta.
Não é que seja um cenário absurdamente ruim.
Longe disso!
Beneficiado pela vitória fora de casa na estreia, quatro pontos em dois jogos é um início tranquilizador para o Belo.
Então nem é caso, por ora, de se alarmar, se preocupar, sofrer antecipadamente pelo que ainda está por vir
É só curioso mesmo, um pouco estranho, diferente, sentir uma atmosfera de Almeidão distinta daquela empolgante que com os anos o torcedor se acostumou. Ontem, ao contrário, o que se via era um cenário mais apático, quase de negação da festa.
Não é culpa do torcedor, penso.
Não sei nem mesmo se existe um culpado para se apontar.
Talvez, apenas um conjunto de fatores que culminou num dia mais preguiçoso.
Que seja!
Ainda assim, valeu a pena ter ido ao estádio.
Sempre vale!
Rever os amigos, abraçar os companheiros de bancada, tomar uma cerveja gelada brindando às emoções e aos sofrimentos, tomar banho de chuva que lava a alma maltratada pelo futebol.
A mais que isso, pouco sobra.
A não ser a certeza de que domingo (5) tem mais, desta vez contra o Remo.
Que venha!
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Fonte: Jornal da Paraíba