Em mais um desdobramento do caso Braiscompany, investigada por crimes contra o sistema financeiro, a Justiça Federal na Paraíba proferiu sentença condenatória contra Victor Hugo Lima Duarte, ex-diretor da companhia. O juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, determinou uma pena de 36 anos e 8 meses de prisão para o acusado, mantendo sua prisão preventiva. Victor Hugo cumpre atualmente sua detenção no Complexo do Serrotão, em Campina Grande, após ter sido extraditado da Argentina.
A sentença destaca o papel do ex-diretor como operador financeiro de um dos proprietários da empresa, Antônio Neto Ais. Segundo o documento judicial, Victor Hugo Lima foi responsável pela “captação e gestão de uma carteira de clientes avaliada em mais de cinco milhões de reais, realizando movimentações contínuas de ativos financeiros desviados de clientes para suas contas pessoais em benefício dos mentores do esquema criminoso”.
Entre os delitos atribuídos a Victor Hugo na sentença estão: Operação de instituição financeira sem autorização; Emissão, oferta ou negociação irregular de títulos ou valores mobiliários; Apropriação indébita financeira; Lavagem de capitais; Participação em organização criminosa.
A pena atribuída ao ex-diretor é a terceira mais severa dentre os 12 réus condenados até o momento no caso. Seu processo foi desmembrado em relação ao processo principal que resultou na condenação do proprietário da empresa de criptomoedas.
Esse desdobramento ocorre após a condenação do casal de proprietários da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, além de outros nove réus, em fevereiro de 2024. O montante a ser reparado pelos danos patrimoniais é estimado em R$ 277 milhões, além de R$ 100 milhões referentes a danos coletivos.
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Fonte: WSCOM