O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, anunciou em reunião com a Bancada Nordestina, realizada hoje, 13, em Brasília, que as contratações do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em 2023 tiveram um impacto significativo na geração e manutenção de empregos na região, contribuindo para a estabilidade econômica e social.
Durante o encontro, que contou com a presença de 60 deputados dos nove estados nordestinos, Paulo Câmara revelou que os mais de R$ 21 bilhões do FNE aplicados pelo Banco no primeiro semestre do ano em sua área de atuação foram fundamentais ao gerar ou auxiliar na manutenção de aproximadamente 860 mil empregos.
O levantamento foi feito pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do BNB.
O presidente Paulo Câmara enfatizou a relevância desse resultado e destacou que “reuniões com a Bancada Federal Nordestina são importantes não apenas para alinhar o entendimento do que representa o FNE para os estados da área de abrangência do Banco, mas também do esforço de assegurar recursos estáveis para fomentar o desenvolvimento da região e diminuir a disparidade econômica entre o Nordeste e o restante do Brasil”.
Coordenador da Bancada, o deputado Júlio César, do PSD (PI), salientou o papel essencial do Banco do Nordeste e do FNE no incentivo às atividades econômicas da Região.
“São recursos que chegam aos empreendedores com taxas de juros muito mais competitivas do que as do mercado financeiro. Os investimentos feitos no agronegócio, na indústria, no comércio e no setor de serviços são acompanhados pelos deputados, que desejam a continuação das ações do BNB com o Fundo Constitucional, e despertam o espírito de região, que todos nós temos, de defender o povo nordestino”, declarou.
Estímulo à economia
Assegurados ao BNB desde a Constituição de 1988, os recursos do FNE são empregados no financiamento à infraestrutura, na geração de energia renovável, no apoio ao microcrédito urbano e rural, no suporte creditício às micro e pequenas empresas e ao agronegócio, impulsionando setores essenciais para o crescimento sustentável do Nordeste.
Para o próximo ano, foram programados recursos da ordem de R$ 38 bilhões para aplicações com recursos do Fundo, valores que, segundo Paulo Câmara, são ainda insuficientes para atender toda a demanda do setor produtivo regional.
“O BNB tem adotado estratégias de captação de recursos junto a instituições financeiras multilaterais, outros parceiros e instrumentos de mercado, mas nesse desafio, cabe também aos governos estaduais e demais lideranças políticas lutarem por mais recursos. Ainda temos muita carência de investimentos em infraestrutura, por exemplo, necessários para proporcionar maiores condições de sustentabilidade aos empreendimentos produtivos,” ressaltou o executivo.
Além do aspecto da geração de empregos, os financiamentos concedidos por meio do FNE também impactaram na economia regional, contribuindo com um aumento de R$ 7 bilhões na massa salarial.
Outro benefício destacado foi o aumento de R$ 4 bilhões na arrecadação tributária, essencial para financiar serviços públicos e investimentos em infraestrutura na região.
Essa arrecadação adicional é um indicador do efeito positivo dos investimentos do FNE na economia nordestina.
Sobre o BNB e o FNE
O Banco do Nordeste é a maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América Latina. Com 292 agências, está presente em mais de dois mil municípios de sua área de atuação, que abrange os nove estados nordestinos e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
O BNB tem como principal fonte de recursos o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). As políticas de aplicação do Fundo são definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
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Fonte: Paraíba Online