Antes de mais nada, bate na madeira três vezes.
Isola.
Faz o sinal da cruz e fala alto “saravá” para ter certeza de que será ouvido pelo além e que isso não vai acontecer de fato.
Dito isso, você já parou para pensar que esse jogo de ontem contra o Confiança pode ter sido o último do Botafogo-PB em casa na temporada?
Uma melancólica e inexplicável derrota por 3 a 2 que mais pareceu um soco na boca do estômago.
Calma!
Como eu disse, bate na madeira três vezes.
Isola.
Ainda assim, é impossível não pensar, absolutamente amedrontado, nas temporadas de 2014 e de 2022, quando o Belo registrou um excelente início de temporada, mas depois, quando restavam apenas três pontos para a classificação, foi decaindo, decaindo, decaindo, até sair da zona de classificação justo na última rodada.
Eu sei que desta vez a situação é diferente.
É aparentemente tão mais tranquila, que a depender dos demais jogos pode se classificar mesmo sem fazer por onde nestas últimas rodadas.
De toda forma, eu imagino que não deve ter um único torcedor botafoguense que não esteja hoje cabreiro com o futuro, olhando para trás e para frente sem conseguir esconder uma certa inquietação preocupante.
Atento com o resto desta 18ª rodada, com a derradeira 19ª rodada que está por vir.
Foco, principalmente, em São Bernardo e em CSA, únicos clubes fora do chamado G8 que ainda podem ameaçar o time de João Pessoa.
No mais, é respirar fundo, reflexivo, tentar absorver a dor lancinante que atormenta a pele.
Dói, mas passa.
Há de passar.
Principalmente se a classificação vier.
O clube precisava de 3 pontos em 12 a ser disputados.
Só conquistou 2 em 9.
Falta um jogo. Um empate. Um 0 a 0 feio e está tudo bem.
Ou isso ou então secar os demais.
Por favor, que não tenha sido o último jogo em casa.
Que a gente ainda se encontre no Estádio Almeidão este ano.
Temos muito ainda a torcer, muito a comemorar, muito a sofrer também.
Mais do que o Belo, os torcedores, sofredores por vocação, merecem sonhar, desejar, vibrar, amar um pouco mais por aquilo que sempre parece tão perto, mas que nunca chega.
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Fonte: Jornal da Paraíba