O plenário da Câmara Municipal de Campina Grande ficou ontem novamente entregue ´às moscas´ no horário da sessão regimental – 9h30 da manhã.
Ao abrir os trabalhos – por imposição regimental – para declarar a não realização das atividades, o vereador Alexandre Pereira (União Brasil) acusou alguns colegas de terem deixado instantes antes o local, justamente para impedir a instalação da sessão.
“Estavam presentes e se retiraram antes da abertura”, registrou Pereira.
Presentes apenas os seguintes edis, além do próprio Alexandre: ´Rui da Ceasa´, Luciano Breno, Pimentel Filho e Waldeny Santana.
Se o leitor se dispuser a ter acesso ao livro de presenças da Câmara campinense, terá uma imagem bem diferente do que está escrito acima: após encerrada a sessão, vários parlamentares assinaram o livro, como se tivessem chegado no horário determinado.
A prática é recorrente.
O pano de fundo do esvaziamento do plenário é a predisposição para não se votar uma mensagem do Poder Executivo visando homologar uma suplementação orçamentária da ordem de R$ 13 milhões.
A majoritária bancada de situação – oficialmente com 14 edis – na prática não tem existido no plenário, justamente pelo não comparecimento, algo interpretado como um boicote – ou uma tentativa de barganha – junto ao prefeito Bruno Cunha Lima.
Como a base governista não comparece em massa, os nove integrantes da oposição não permitem que se chegue ao número mínimo de edis que possibilite a votação de matérias.
Adicionalmente, existem oposicionistas que admitem votar pela aprovação da suplementação, mas só num cenário de plenário com a base governista presente, até porque (em tese) a responsabilidade em dar quórum é dos aliados do governo.
Neste momento, os 23 edis de Campina protagonizam uma aparente contestação à ´matemática pura´: nem o governo possui uma bancada com 14 vereadores, muito menos a oposição conta com nove edis.
*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.
Para ler a edição completa desta sexta-feira, acesse aqui:
Aparte: Brasil e a multiplicação não dos pães, mas dos templos (paraibaonline.com.br)
Clique aqui para ler a notícia em seu site original
Fonte: Paraíba Online