Turnê de Taylor Swift vira assunto no Fed, H&M marca chegada ao Brasil para 2025 e o que importa no mercado.
**H&M NO BRASIL EM 2025**
A sueca H&M, gigante do varejo de moda e uma das principais marcas do fast fashion, irá aterrissar no Brasil em 2025, informou a empresa nesta segunda (17).
O país é o principal mercado em que a companhia ainda não tinha colocado o pé na América Latina.
Ela chegou à região em 2012, com a abertura na primeira loja no México. Hoje, também está no Peru, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica.
A marca: a H&M é uma das grandes concorrentes ao lado da espanhola Zara e, mais recentemente, da chinesa Shein no fast fashion. O segmento de moda é caracterizado pela alta rotatividade de coleções.
O setor foi revirado de ponta cabeça pela varejista asiática, que usa seu algoritmo para identificar peças que são hit entre consumidores com muito mais velocidade.
Em uma apresentação para investidores, à qual o Financial Times teve acesso, a Shein informou uma projeção de receita anual de US$ 58,5 bilhões em 2025, ante US$ 22,7 bilhões do ano passado. O valor ultrapassaria as vendas anuais combinadas de H&M e Zara.
Os desafios da H&M no Brasil: a marca sueca terá que provar que terá um fim diferente de outras grandes varejistas de fast fashion que vieram para o país e já saíram.
É o caso da espanhola Mango, que deixou o Brasil em 2013 e retornou neste ano pelas mãos da Dafiti, e da americana Forever 21, que fechou as lojas por aqui no ano passado, oito anos após ter aterrissado.
Entre os obstáculos que motivaram a saída dessas empresas e que agora serão enfrentados pela H&M, estão os altos custos e burocracia para operar no país, também conhecido como “custo Brasil”, além da concorrência com plataformas asiáticas.
Uma das empresas mais afetadas pela competição estrangeira é a brasileira Marisa, que concluiu nesta segunda seu plano de reestruturação, com fechamento de lojas físicas, enxugamento de despesas e a renegociação de dívidas.
As ações da varejista de moda fecharam em alta de 8,86%. No ano, o papel acumula queda de 31,2%.
**TAYLOR SWIFT VIRA ASSUNTO NO FED**
A turnê “The Eras Tour”, da cantora Taylor Swift, foi citada em um documento do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) como um estimulador do turismo na Filadélfia.
Entenda: o comentário veio no chamado Livro Bege, relatório que sintetiza como diferentes partes da economia estão se comportando em cidades americanas.
“Apesar da lenta recuperação do turismo, o mês de maio foi o mais forte para a receita de hotéis na Filadélfia desde o início da pandemia, em grande parte por causa do fluxo de hóspedes durante os shows de Taylor Swift na cidade”, diz o documento.
Em números: iniciada em março deste ano, a “The Eras Tour” tem shows marcados até agosto de 2024 e já arrecadou mais de US$ 300 milhões, com preços médios de ingressos de mais de US$ 250, segundo o grupo de rastreamento de shows Pollstar.
A projeção é de que os shows que reúnem os 20 anos de carreira e os 10 álbuns da cantora gerem uma receita de US$ 1 bilhão, com mais de 130 apresentações nos cinco continentes.
Nos EUA, a previsão é a de que a turnê poderá gerar cerca de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 22,3 bilhões) em gastos de consumidores.
Não é a primeira vez que a turnê de Swift é tema de comentários econômicos.
A consultoria de crédito americana CreditSights apontou que os hotéis dos EUA registram melhora significativa nos resultados financeiros com apresentações da cantora em suas cidades, mostrou o Financial Times.
No Brasil, a cantora fará seis shows —três no Rio de Janeiro e três em São Paulo— entre os dias 17 e 26 de novembro. Foram vendidos mais de 300 mil ingressos no país, com preços que variaram de R$ 190 a R$ 980. Houve, ainda, a venda de pacotes VIPs que chegaram a custar R$ 2.250,00.
Outra cantora americana que foi citada por um banco em seus relatórios foi Beyoncé.
Economistas do dinamarquês Danske Bank disseram que a inflação de maio no país veio acima das expectativas por “culpa” do início da turnê mundial da artista naquele mês em Estocolmo, que provocou um aumento nos preços dos hotéis.
**OPERADORAS REPENSAM O ‘WHATSAPP ILIMITADO’**
As ofertas das três principais operadoras do Brasil —Tim, Vivo e Claro— de acesso ilimitado e gratuito a alguns aplicativos, entre eles o WhatsApp, pode estar perto do fim.
O recado foi dado pelos executivos das companhias, que estão em um processo de investimento pesado para promover a conexão às redes 5G a seus clientes no país.
Entenda: para garantir acesso a alguns apps sem gasto do plano de dados, as operadoras assumem os custos, como forma de atrair clientes, ou acabam cobrando das fornecedoras do aplicativo.
Por que importa: o serviço alavancou a venda de planos do país, em que 62% das pessoas acessam a internet apenas pelo celular. O principal uso do dispositivo por aqui é justamente a troca de mensagens via WhatsApp, segundo pesquisa TIC Domicílios.
O que cada operadora oferece “de graça” a clientes:
Tim: garante acesso livre a WhatsApp e Deezer nos planos pré e pós-pagos, que também incluem Instagram, Facebook e Twitter ilimitados.
Claro: oferece planos com acesso ilimitado a WhatsApp, Waze, Instagram, TikTok e Facebook.
Vivo: é a que menos oferece acesso ilimitado a apps. Os clientes da empresa acessam apenas WhatsApp de maneira ilimitada. Alguns planos pós-pagos incluem Waze.
**FIM DO ACORDO DE GRÃOS ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA**
O fim da participação da Rússia no acordo que liberava os portos do mar Negro para a exportação de grãos ucranianos pode ter um impacto nos preços globais dos alimentos.
Entenda: os dois países chegaram ao pacto em julho, após intermediação da ONU e da Turquia. Nesta segunda, a Rússia disse que não renovará sua participação que garantia o escoamento de mais de 32 milhões de toneladas de alimentos ucranianos.
O país tem importante participação na exportação de girassol, milho, trigo e cevada. As cotações desses produtos chegaram a subir na abertura do mercado na Bolsa de Chicago, mas fecharam estáveis.
Horas antes do Kremlin deixar o acordo, uma ponte que liga a Crimeia ao país foi atacada pela segunda vez pela Ucrânia. A Rússia disse que a decisão não teve relação com o ataque.
Por que importa: quando o acordo foi assinado e os embarques de grãos recomeçaram, os preços mundiais dos alimentos caíram cerca de 20%, de acordo com a agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).
No início da guerra, os preços das commodities dispararam tanto pelas barreiras territoriais impostas à Ucrânia quanto pelas sanções do Ocidente às exportações russas.
(ARTUR BÚRIGO – Folhapress)
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Fonte: Paraíba Online