Meus amigos, minhas amigas, meus caros leitores. O galdinista traz neste domingo uma galdiniana muito especial:
GALDINIANA: Hoje o assunto não é política. Vamos falar de religiosidade e fé. O tema deste domingo é muito delicado, pois, poderá provocar polêmicas e contrariar interesses, mas como se trata de assunto verdadeiro que realmente aconteceu, é chegado o momento de ser enfrentado e torná-lo público. Pois bem, no próximo dia 11 de julho de 2023, completará 28 anos que o galdinista e sua esposa, GUARDAM UM SEGREDO, que até então não foi revelado publicamente para evitar comentários distorcidos, polêmicas e até mesmo exploração indevida da fé religiosa.
Trata-se de um acontecimento que já comentei reservadamente com pouquíssimas pessoas, porém, nunca o tornei público. Para quem ainda não sabe, o galdinista é católico e sempre foi devoto do saudoso, querido e inesquecível Frei Damião de Bozzano. Conheci o frade capuchinho ainda criança aos 07 anos de idade, por ocasião de uma Santa Missão de Frei Damião na cidade de Juazeirinho-PB, onde o frade ficou hospedado na casa paroquial, próximo a minha casa. Foram 5 dias de Missão e eu não saia do pé de Frei Damião, kkkkkk, era o ano de 1974. Com o passar do tempo me tornei devoto e admirador de Frei Damião.
No dia 11 de julho de 1995, fui com a minha então noiva ( hoje minha esposa ), fazer uma visita a Frei Damião, na sua residência oficial no bairro do Pina, no Recife-PE, pois, soube pela imprensa que o seu estado de saúde se complicava cada vez mais. Chegando lá, Frei Fernando Rossi, amigo inseparável e guardião terreno de Frei Damião, nos recebeu e de maneira muito acolhedora nos conduziu até os aposentos de Frei Damião, que estava deitado em sua cama, acordado e sereno. Frei Fernando preocupado com a saúde de Frei Damião, apenas nos pediu que a visita fosse breve.
Conversamos um pouco, rezamos o início do terço juntos e no final da visita ao beijar a sua mão esquerda para me despedir, Frei Damião levantou seu braço direito e apontando com o dedo indicador me perguntou: “quem é essa moça”? Eu respondi: “é minha noiva, Frei”. Em seguida ele pegou uma cruz com a mão direita, abençoou-a e fez outra pergunta: “de onde ela é?” Ela respondeu: “oi Frei Damião, nasci em Guarabira na Paraíba, o senhor conhece?”. Então, o Frei riu baixinho e disse: “sim, gosto de lá, tenho amigos lá, terra de gente boa, de muita fé”… E mais que de repente, Frei Damião disse também: “NÃO DIGA A FERNANDO, MAS QUANDO EU MORRER QUERO IR PRA GUARABIRA, VOCÊS ME LEVA?” Esse foi um momento inesperado em que ficamos surpresos e bastante emocionados com aquela declaração de vontade verbal de Frei Damião. Logo, olhei para a minha noiva e ela começou a lacrimejar e choramos juntos. Até parecia que Frei Damião estava se despedindo de nós e da própria vida terrena. A visita durou cerca de 20 minutos, Frei Fernando entrou no quarto para dizer que já estava na hora de irmos, agradecemos a sua atenção e fomos embora em silêncio. Quase dois anos depois, no dia 31/05/1997, Frei Damião, faleceu aos 98 anos de idade na cidade do Recife.
Na verdade Frei Damião sempre foi apaixonado pela Paraíba, onde tinha uma grande legião de devotos e vários amigos. O galdinista e sua esposa, ficaram para si, com a difícil missão de levar o corpo de Frei Damião para ser enterrado na cidade de Guarabira-PB, no sentido de fazer cumprir um pedido verbal do próprio frade capuchinho, por ocasião da visita que fizemos ao mesmo, no dia 11/07/1995, na cidade do Recife-PE. Na verdade um enorme desafio, pois, depois de quase 28 anos, vai ser preciso convencer as autoridades eclesiásticas de Pernambuco, através da palavra de apenas duas pessoas ( eu e minha esposa ), que o fato realmente aconteceu e que por esse motivo, deve ser respeitada e cumprida a declaração de vontade verbal do saudoso, venerável e futuro Santo Frei Damião.
Ficamos com essa missão guardada dentro de nós esse tempo todo, temendo ser desacreditados e também temendo represálias por interesses diversos. E outra pergunta que fazíamos entre nós: “onde enterrar Frei Damião em Guarabira?” Só que no ano de 2000, começaram a construir o importante e extraordinário Memorial de Frei Damião na cidade de Guarabira, e que foi inaugurado em 2004. E esse fato, indubitavelmente, acreditamos ter sido uma providência de Deus, no sentido de fazer cumprir o desejo de Frei Damião, pois, agora já se tem o lugar certo, para guardar em definitivo os restos mortais de Frei Damião na cidade de Guarabira-PB.
Atualmente o corpo de Frei Damião está sepultado no Convento de São Félix, na capela de Nossa Senhora das Graças, bairro do Pina, na capital pernambucana. Diante os fatos, fazemos um apelo às autoridades eclesiásticas da Paraíba e de Pernambuco, para que acreditem em nós, conversem e façam um acordo para trazer os restos mortais do futuro Santo Frei Damião, para o seu Memorial em Guarabira-Paraíba, o mais breve possível, pois, com isso, estará sendo cumprida a vontade de Frei Damião e a nossa missão a pedido dele, pois, a partir de então, o nosso segredo está oficialmente revelado publicamente e vamos trabalhar para cumprir a vontade de Frei Damião, acreditem ou não, vamos trabalhar nesse sentido para fazer valer a vontade do Santo Capuchinho. Além disso, uma vez respeitada à vontade de Frei Damião, indubitalvelmente, grandes milagres acontecerão naquele imponente Memorial e a capital do brejo paraibano viverá novos tempos de progresso e desenvolvimento. Viva eternamente o futuro Santo Frei Damião e que seja feita a sua vontade! Viva Guarabira! Haja coração!
Rui Galdino é advogado, empresário, jornalista e radialista. Casado com Andréia, pai de Rui Neto e Eduardo.
