Pediatra alerta para cuidados com doenças que atacam vias respiratórias de crianças

Mudanças de estação sempre vêm acompanhadas de viroses que atacam principalmente o aparelho respiratório e acabam acometendo mais as crianças. Esses vírus são sazonais e têm alta propagação nos meses de março a junho, acarretando infecções das vias aéreas superiores – as gripes e os resfriados-, pneumonias, crises de asma e bronquiolites.

Além da mudança de estação, a frequência em ambientes fechados, como escolas, creches e berçários também favorece a disseminação de vírus respiratórios entre as crianças. Essas doenças respiratórias podem ter uma série de sintomas semelhantes, como tosse persistente, febre, coriza e obstrução com secreção nasal clara e, depois, tosse com catarro. Em alguns pacientes, cansaço e falta de ar. 

Mas, alguns cuidados ajudam a evitar esse problema. Por isso, é tempo de redobrar a atenção com as crianças. “É necessário reduzir a permanência em locais aglomerados, lavar as mãos com frequência e, se possível, usar máscara em ambientes fechados”, orientou o pediatra Constantino Giovanni Braga Cartaxo, superintendente de Recursos Próprios Pediátricos da Unimed João Pessoa.

COMO AGIR

Segundo Constantino Cartaxo, os pais devem estar atentos nessa época, pois algumas doenças são mais graves. As crianças gripadas, sem sinais de alerta, devem ficar em casa em isolamento, mas com aumento da hidratação e intensificação na higiene nasal.

Em quadros mais sérios, os pais devem procurar ajuda médica. Nesses casos, as crianças podem apresentar os seguintes sintomas: cansaço, febre por mais de três dias, gemidos e podem não conseguir comer ou beber líquidos. “Estes são sinais de alerta para os pais e deve-se procurar um atendimento médico para avaliação da criança”, orientou o médico.

AUMENTO DE CASOS

No Hospital Pediátrico da Unimed (HPU), já é possível notar o aumento do número de atendimentos de crianças com doenças respiratórias. De acordo com Constantino Cartaxo, o vírus sincicial respiratório (VSR), que pertence ao gênero pneumovírus, tem sido uma das principais causas de internação no HPU. “Esse vírus é muito contagioso “, explicou.

O vírus sincicial é um dos agentes de infecção aguda nas vias respiratórias, que pode afetar os brônquios e os pulmões, principalmente em crianças. Na maior parte dos casos, é responsável pelo aparecimento de bronquiolite aguda. 

PAINEL VIRAL

A detecção de aumento em casos de vírus sincicial só está sendo possível porque o HPU realiza o exame de Painel Viral, uma pesquisa epidemiológica que identifica 31 tipos de vírus causadores de síndromes gripais. O objetivo é mapear os vírus que mais circulam entre as crianças durante o ano e, com isso, tratar o paciente de forma específica e rápida. O HPU é o único hospital da Paraíba que faz o painel viral. “Fazemos a pesquisa do vírus em pacientes de risco em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB)”, informou Constantino Cartaxo. 

HPU conta com uma estrutura para atendimentos, com Centro Cirúrgico, Unidade de Tratamento Intensivo e Urgência e Emergência. Todo o atendimento é feito por especialistas em pediatria, o que dá mais segurança no diagnóstico e tratamento das enfermidades.


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Fonte: WSCOM

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