Gravada em Cabaceiras, no Cariri paraibano, a história de Maria Bonita, ícone feminino do cangaço, ganha nova perspectiva na série “Maria e o Cangaço”, que estreia nesta quinta-feira (4) no Disney+.
A trama acompanha os últimos anos da vida da companheira de Lampião (Júlio Andrade), vivida por Isis Valverde, em uma narrativa que busca humanizar a figura da cangaceira, dividida entre a vida fora da lei e o desejo de formar uma família.
A produção tem 56 personagens, dos quais 52 são interpretados por atores nordestinos — 25 deles paraibanos.
Os seis episódios, disponíveis de uma vez na plataforma, foram dirigidos por Sérgio Machado, Thalita Rubio e Adrian Teijido, este também responsável pela fotografia.
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A escolha de Cabaceiras, conhecida coma “Hollywood nordestina” por abrigar dezenas de produções audiovisuais, não foi acidental. “É uma série muito paraibana. Ter filmado aqui, com esse elenco predominantemente nordestino, trouxe muita verdade pra série”, afirmou Sérgio Machado, que destacou o desejo de fugir dos estereótipos regionais.
Já a diretora, Thalita Rubio, reforçou a proposta de resgatar o papel das mulheres no cangaço: “O imaginário da gente conhece a história sob um olhar masculino. O que a gente se propôs a fazer é não ocultar esse lado, mas trazer também um olhar sobre as mulheres”.
A produção enfrentou desafios logísticos, segundo os diretores, mas encontrou apoio em Cabaceiras.“As pessoas daqui abraçam o cinema. Ficam felizes em participar do projeto”, disse Rubio. O elenco inclui nomes como Mohana Uchôa, Rômulo Braga e Clebia Sousa.
Com roteiro baseado em pesquisa histórica, a série busca equilibrar ação e drama, enquanto Adrian Teijido imprimiu à fotografia tons que remetem ao Sertão dos anos 1930.
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Fonte: Jornal da Paraíba
