O Ministério Público da Paraíba (MPPB) deve se manifestar contra o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do médico Fernando Cunha Lima, acusado de estupro. O indicativo é do promotor de Justiça Bruno Lins, responsável pelas denúncias contra o pediatra, que durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7), defendeu a manutenção da prisão preventiva e destacou o risco de fuga do acusado.
“Já foi decretada a prisão e, desde então, houve a busca pelo médico. No mesmo dia em que foi decretada, ele já não estava mais na residência. Esse é um forte indício de que, se ele tiver prisão domiciliar decretada, ele fugirá de novo. Ele já demonstrou um total descaso com a aplicação da lei penal”, afirmou o promotor.
A declaração de Bruno Lins acontece após a defesa de Fernando Cunha Lima solicitar a conversão da prisão preventiva em domiciliar alegando problemas de saúde do acusado. No entanto, o Ministério Público argumenta que a conduta do médico ao longo do processo demonstra que ele não respeitaria as condições impostas pela Justiça e poderia novamente tentar fugir para evitar o cumprimento da pena.
O médico permaneceu foragido por meses e foi capturado em um flat no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Durante esse período, ele contou com o apoio de familiares e terceiros para se manter escondido, conforme detalhado pela Polícia Civil.
Com a manifestação do Ministério Público, cabe agora ao Poder Judiciário decidir se aceita o pedido da defesa ou mantém a prisão preventiva de Fernando Cunha Lima. Enquanto isso, o acusado segue detido na Central de Flagrantes da Polícia Civil, em João Pessoa, aguardando audiência de custódia.
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Fonte: PARAIBA.COM.BR