1º dia de desfile no Rio: Mangueira é ovacionada, Grande Rio e Salgueiro têm problemas de evolução

Foto: Reprodução/Facebook

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BRUNA FANTTI E YURI EIRAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Aos gritos de ‘é campeã’, a Mangueira encerrou a madrugada deste domingo (20) do primeiro dia do Grupo Especial na Sapucaí, com o cortejo do público a seguindo.

A Grande Rio, que tenta o bicampeonato, e Salgueiro devem perder pontos em evolução: buracos foram deixados no decorrer do desfile.

Unidos da Tijuca encantou com o azul dos carros imitando águas e efeitos cênicos: foi a primeira escola a solicitar que as luzes da avenida fossem desligadas, na altura dos jurados, para a comissão de frente brilhar.

Já Império Serrano fez um desfile em homenagem a Arlindo Cruz, que empolgou pontualmente, como nos destaques de chão; Mocidade tinha falhas estéticas e teve um desfile morno.

Levando o protagonismo das mulheres negras para a avenida, o enredo da Mangueira tratou sobre as instituições carnavalescas da Bahia, como Olodum e Ilê Aiyê.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do desfile. Ela cantou no carro de som, liderado pelos intérpretes Marquinhos Art’Samba e Douglas Diniz.

Foto: Reprodução/radiotupi

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Ao final do desfile, como de costume, o público que estava nas arquibancadas entrou na avenida e cantou ao nascer do sol o samba-enredo da última escola.

“Antes de assumir o ministério já tinham me convidado, para que eu pudesse cantar no carro de som”, afirmou a ministra, que foi aplaudida por componentes e pelo público enquanto passava pela concentração da escola.

A inovação da noite ficou por conta da Unidos da Tijuca, que trouxe o enredo sobre a baía de Todos os Santos.

Aproveitando a nova iluminação do sambódromo, a comissão de frente representou um balé das águas que era regido por Iemanjá, interpretada pela Juliana Alves, ex-rainha de bateria da escola. As luzes dos holofotes das arquibancadas foram apagadas rapidamente e a iluminação azul do carro ficou em destaque.

A apresentação teve, ainda, outro momento, quando Juliana Alves foi suspensa e o efeito cênico foi de flutuar sob as águas. A escola levou para a avenida histórias do Recôncavo Baiano, usando a Baía de Todos os Santos como fio narrativo.

Já Salgueiro estava deslumbrante com seus carros em uma releitura do paraíso, mas apresentou problemas justamente devido à grandiosidade no tamanho: a terceira parte do abre-alas teve dificuldade de entrar na Apoteose, o que gerou um buraco na escola.

A Mocidade fez um desfile com peças faltando nas fantasias: a agremiação enfrenta problemas financeiros. A escola teve como tema o uso do barro no trabalho dos artistas de Alto do Moura, em Caruaru (PE). E, sob o comando do carnavalesco Marcus Ferreira, misturou seu tradicional verde e branco com cores.

O servidor público Gildo Lopes, 68, desfila há 20 anos na Mocidade, e torce para que a escola atravesse a avenida sem erros.

“Sei que não estamos entre as favoritas, mas é importante ver a escola trazendo a cultura nacional. Isso é marca da Mocidade desde os anos 1980. Quero vê-la passar sem erros, bonita. Só de vê-la desfilar já é uma felicidade”, afirma.

Nesta segunda-feira (20) são esperadas as escolas: a Sapucaí recebe os desfiles de Paraíso do Tuiuti, Portela, Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor de Nilópolis e Viradouro. A campeã sai após a apuração das notas, na quarta-feira (22).


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Fonte: Paraíba Online

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